A Solo – Maria Reis Sá

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Olá Maria, de onde és?
Sou natural de Aldoar, Porto.

Qual é a tua idade?
Tenho 16 anos.

Que instrumento tocas?
Violino.

Qual foi o teu primeiro encontro com a música clássica?
Foi num concerto de abertura do ano do IPP em que fui ver Avri Levitan (violetista) a solo.

Quando decidiste que te querias tornar música profissional?
Desde cedo percebi que este caminho, de ensaiar, tocar, ouvir, participar em ambientes musicais clássicos, me faz feliz.


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Desde quando fazes parte da Jovem Orquestra Portuguesa? Podes contar um pouco sobre essa experiência?
Desde os 12 anos que faço parte da Jovem Orquestra Portuguesa, em 2017, um novo mundo cheio de desafios constantes na música e na interação com todos. É, para mim, um enorme orgulho, honra e felicidade ter sido selecionada e conseguir ter a capacidade de estar neste grupo de jovens talentos e trabalhadores.

Como é trabalhar com o Maestro Pedro Carneiro?
Um prazer, uma aprendizagem constante, um exemplo a tentar seguir, uma inspiração.

O Maestro faz-me sentir importante dentro do grupo, como “uma peça de um puzzle”, e mostra-nos como somos capazes de transmitir uma mensagem ao Mundo através da música, que é algo mais do que de ajudar um grupo de jovens a interpretar um compositor clássico. Uma mensagem universal que inclui todos, os mais e menos cognitativamente normais, os mais e menos priveligiados e os mais e menos novos.

Existem momentos na JOP que se destacam pelo seu significado e porquê?
Claro que sim, pois recordo-me sempre dos ensinamentos e elogios do Maestro e dos professores (em particular do Professor Pedro Lopes), da amizade, amabilidade e competência da Madalena Branco e da Teresa Simas, e claro da energia e euforia contagiante de todos os meus colegas.

Agora assim de momento lembro-me da fantástica 10ª sinfonia de Shostakovich, sobretudo do 2º e 4º andamento, que só de voltar a falar me arrepia! Lembro-me também da primeira vez que toquei no CCB com a JOP, em que a admiração e privilégio se misturou com alegria e emoção. Em suma, todos os estágios são momentos de aprendizagem, divertimento e felicidade e fico sempre com o coração e a alma cheios.


A JOP é diferente? Porquê?
Considero que a JOP é diferente pelas várias valências que trabalha como o trabalho intenso em curtos períodos de tempo com programas musicais arrojados para a nossa idade, ou o trabalho físico e psíquico de cada elemento da orquestra, ou o ensino de competências sociais (soft skills), ou pelo facto de privilegiar a autonomia de cada um melhorando a performance do coletivo, ou o uso de salas com prestígio nacional, ou ainda por acreditar na internacionalização da sua mensagem jovem musical como demonstração do que melhor se faz cá dentro do país, ou seja, como símbolo da cultura clássica nacional.

 

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"(...)a JOP é diferente pelas várias valências que trabalha como o trabalho intenso em curtos períodos de tempo com programas musicais arrojados para a nossa idade (...)

Maria Reis Sá

Na tua opinião, quais são as qualidades que tornam um músico bem sucedido?
Uma dessas qualidades é sem dúvida a capacidade que tem de transportar os seus ouvintes para um mundo de bem-estar, rodeados por emoções e memórias.

Qual é a parte mais desafiadora de ser músico?
Acreditar que estamos sempre a melhorar, nunca chegamos ao cume!

Em que aspeto a JOP te ajuda nesse sentido?
Pelos arrojados desafios musicais, intelectuais, sociais, … , propostos, pela organização e competência do Maestro e de toda a equipa artística.

Qual é, para ti, o aspeto mais gratificante da tua vida como músico?
Reconhecer que o meu esforço teve repercussões positivas na vida de alguém.

Quais são os teus interesses para além da música?
Gosto de dançar, correr, ver filmes e séries, caminhar na montanha, andar de skate e bicicleta, mergulhar no mar e fazer surf com amigos.

 

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O que ouves em casa?
Música Clássica, JAZZ, POP e HIP-HOP.

A tua maior virtude?
A minha resiliência e a constante boa disposição.

O teu maior defeito?
A preguiça.

Como te vês?
Uma jovem com objetivos gordos no Mundo da Música.

Quais são os teus projetos atuais e futuros?
Terminar o Secundário com boas notas e preparação e, em breve, prestar provas para o Ensino Superior.


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